sábado, 20 de agosto de 2011

EVOLUÇÃO DAS CALÇAS FEMININAS

Anos 10
Figurinha carimbada nos looks masculinos, as calças ficaram longe das mulheres e dos saltos até 1909. Tudo começou a mudar quando o estilista francês Paul Poiret (1879-1944) – o mesmo que decretou o fim do espartilho – entrou em ação. Como a elite tinha acabado de descobrir os encantos do orientalismo por conta da primeira temporada parisiense dos Ballets Russes, Poiret aproveitou a deixa e, entre turbantes e estampas em cores vivas, apresentou sua proposta para as mulheres: uma pantalona bufante, estilo odalisca, presa nos tornozelos sob uma túnica aberta. A calça não se tornou um hit instantâneo – só as atrizes mais ousadas adotaram, mas apontou os futuros rumos da moda.

Anos 20
O início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) contribuiu, indiretamente, para a popularização da calça. Se os maridos, pais, filhos e irmãos tinham de ir para o front, sobrou para as mulheres a tarefa de trabalhar fora de casa. O resultado? Uma dose maior de independência, liberdade para circular sozinha pelas ruas e participar de atividades esportivas.

Em 1920, Chanel apostou sem medo em uma das mais marcantes de suas inovações: uma calça larga, inspirada nos marinheiros, que facilitava os movimentos, era confortável e logo foi adotada nas mais badaladas rodas. Estava dada a largada para que as calças ganhassem as ruas e fossem reinventadas pelos grandes nomes da moda.

Anos 30
Enquanto se refazia do impacto causado pelas calças de Chanel, a sociedade foi novamente pega de calças curtas: a diva do cinema Marlene Dietrich (1901-1992) com sua aparição no filme Morocco, de Josef von Sternberg, usando chapéu e terno masculino em cenas para lá de picantes.

Anos 40
O período amargo da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) chegou à moda, que, com ares de sobriedade, se viu invadida pelos uniformes de trabalho – não pegava bem usar vestidos esfuziantes, certo? As calças se tornaram imprescindíveis em trajes como o Conjunto Abrigo criado por Elsa Schiaparelli (1890-1973), que contava com uma pantalona mais curta e extremamente prática.

Anos 50
A libertação trazida pelo fim da guerra deixou as mulheres, cada vez mais influenciadas pelo cinema norte-americano, ávidas por novidades. No filme Sabrina (1954), por exemplo, Audrey Hepburn (1929-1993) esbanjou charme e feminilidade em uma calça Capri justa.













Anos 60
Em 1965, André Courrèges lançou uma coleção que incluiu, de uma vez por todas, as calças como item fundamental no closet feminino. Nessa década, as calças de couro e cintura baixa entraram em cena e ganharam o posto de queridinhas entre as mulheres.

Anos 70
As calças mais poderosas da década foram as que acompanharam o famoso smoking criado por Yves Saint Laurent (1936-2008) em 1966. O look simbolizava o novo posto ocupado pela mulher na sociedade, com boa dose de glamour e atitude. As boca-de-sino, típicas dos hippies, também marcaram o período.


 Anos 80
A era dos yuppies, da música disco, da ostentação e do uso do vestuário para mostrar poder, foi marcada, paradoxalmente, por calças inspiradas nos mendigos parisienses. A clochard – grande, amarrada na cintura e com canelas à mostra, foi adotada pelos fashionistas.





 








Anos 90
Tendo o minimalismo como palavra de ordem, a moda foi ditada pela simplicidade das formas. Numa época em que a preocupação era estar bem vestida demais, as calças retas se tornaram peças-chave para mulheres de todos os estilos. No final da década, começa o boom do jeans Premium, encabeçado pela Diesel.













Anos 2000
De ano em ano, alguns modelos de calças são resgatados e reeditados. Mas, a calça skinny triunfa absoluta, resistindo às novidades e com os pés fincados no guarda-roupa feminino. A busca pela renovação também traz influências de etnias e culturas em cada estação. No momento, as coleções mais desejadas do planeta propõem modelos harem, sarouel, montaria, legging, curta, desgastada e a famosa carrot - mais larga no quadril e afunilada na perna, hit de 2009

Legging
Já malhou bastante? Então, é hora de abusar do modelo ultraskinny, que tomou conta da estação. Na vida real, use com casacos volumosos e fique com jeito de rock star!











Cenoura
Ela lembra a baggy, mas a boca é mais estreita, e o volume, bem localizado nos quadris. O bolero bordado pode dar lugar a um paletó mais longo, à la Stella McCartney.


Curta
O ar boyish da peça combina com os sapatos abotinados, que têm um quê masculino. A mistura traz o visual dos trabalhadores - chiquérrimos - do início do século XX para aqui e agora!

Sarouel
O clássico étnico ganha peso com a aplicação de correntes e sofisticação graças à seda. Para equilibrar o volume na parte de baixo, invista em tops mais sequinhos.






 

Montaria
Esqueça a imagem bucólica do campo. As amazonas modernas são ultrasexy e abusam do mix couro + justos. Puro fetiche fashion.

Baggy
Katie Holmes resgatou a calça baggy dos anos 1980. De jeans ou, mais sofisticada, de alfaiataria, ela vai transformar você numa verdadeira power woman.



Harem
Inspirada nos modelos usados pelas odaliscas, ela aparece mais sóbria, em padronagens masculinas. Sua melhor companhia são saltos bem altos. Fuja do visual Aladim!


Reta
Em temporada de "menos é mais", ela tem passe livre para ir do escritório ao coquetel. Basta trocar os acessórios. À noite, vale pesar a mão nas maxibijoux.

FOTOS E FONTE REPRODUÇÃO INTERNET

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